29 janeiro 2009

Um cenário

Dado o problema político que o Primeiro Ministro português atravessa (veremos se assumirá também contornos de natureza judicial) eis um cenário possível: Sócrates apresenta a sua demissão ao Presidente da República (PR), António Costa deixa a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML), assumida entretanto pelo seu vice-presidente Marcos Perestrello, para formar governo pois Cavaco decidira não convocar eleições antecipadas. Dá posse a António Costa (o PR sente-se mal na Sala dos Embaixadores do Palácio da Ajuda na tomada de posse) e ao novo governo. Passados uns meses Cavaco demite o governo de Costa por este se ver envolvido numas quantas pretensas trapalhadas e aí convoca eleições legislativas antecipadas. O PS com Costa à cabeça e o PSD com Ferreira Leite vão a votos. O PSD ganha as eleições com maioria absoluta e Ferreira Leite é empossada como Primeira-Ministra. Entretanto na CML Costa volta à presidência mas Sá Fernandes está cada vez mais afastado até à ruptura (com Costa pois com o Bloco de Esquerda já havido sido!). Roseta assume definitivamente que é vereadora da oposição na Câmara. A CML torna-se instável e fazem-se pressões para eleições antecipadas. Assim acontece. Entretanto pelo PPD/PSD Santana avança deixando o cargo de Ministro de Estado e da Administração Interna que desempenhava no Governo de Ferreira Leite. O PS não apoia Marcos Perestrello que avança como independente (o motivo que corre à boca pequena é que tem um nome demasiado pomposo para ser cabeça de lista de um grande partido popular da esquerda democrática moderna). Arrobas da Silva (vereador do PS em Cascais) é o candidato do PS à CML. Santana ganha as eleições em Lisboa sem maioria absoluta no executivo municipal.

Será? Cheira-me um bocado (grande, enorme) a déjà vu... Será?

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